Lingua
Canção do Exílio às Avessas – Jô Soares
Minha Dinda tem cascatas
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da Ilha de Marajó
As aves que aqui gorjeiam
Não fazem cocoricó.
O meu céu tem mais estrelas
Minha várzea tem mais cores.
Este bosque reduzido deve ter custado horrores.
E depois de tanta planta,
Orquídea, fruta e cipó,
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem piscina,
Heliporto e tem jardim feito pela Brasil's Garden:
Não foram pagos por mim.
Em cismar sozinho à noite sem gravata e paletó
Olho aquelas cachoeiras
Onde canta o curió...
O Texto 1 trata-se de uma paródia intitulada “Canção do Exílio às Avessas”, nela, o autor Jô Soares brinca com a famosa Canção do Exílio, poesia de Gonçalves Dias, cujo texto fala de um Brasil visto como pátria distante, para onde o autor sonha voltar e por isso enaltece suas belezas.
Já no texto de Jô Soares, o humor se revela por tratar-se de pessoa vinda de Alagoas que não quer mais voltar, pois maraviliou-se com a “Minha Dinda”.
É um texto literário, uma poesia, que utiliza-se de linguagem conotativa.
Texto 2
Economist: programa de bolsas é tentativa de estimular avanço do País
Fonte: Terra – Notícias 16/03/2012
O programa Ciência sem Fronteiras, que prevê a entrega de milhares de bolsas de estudo para que brasileiros se capacitem no exterior, foi qualificado pela revista britânica The Economist como a "mais ousada tentativa de o Brasil estimular seu crescimento econômico".
Lançado em 2011, em parceria dos ministérios da Ciência e da Educação, o projeto tem como meta formar alunos de graduação e pós-graduação, em países como Alemanha, EUA e Reino Unido, para torná-los, nas palavras do governo federal, "competitivos em relação à tecnologia e inovação".
"Até o final de 2015, mais de 100 mil brasileiros (oficialmente, o governo brasileiro diz que serão 75 mil) terão passado cerca de