Lingu Stica Sem Ntico Funcional
A Lingüística Sistêmico - Funcional
A Linguística Sistêmico-Funcional (doravante LSF) desenvolveu-se intensamente nos anos 80 e uma das figuras mais importantes para o seu desenvolvimento foi Michael Alexander Kirkwood Halliday, linguista nascido no
Reino Unido em 1925 e um dos precursores da teoria em questão.
A perspectiva funcional para estudos lingüísticos diferencia-se da perspectiva tradicional na medida em que esta última vê a linguagem como desvinculada do uso e do contexto. De acordo com Bagno (2006), a normatização e padronização descontextualizadas retiram da língua a sua característica social, complexa e dinâmica da linguagem, esta sendo vista como um objeto externo a
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seus falantes, uma entidade com vida própria que está alheia aos que, de fato, fazem uso dela. Os funcionalistas, por outro lado, assumem a postura de que a gramática não é um sistema autônomo bem como não pode ser entendida separadamente de fatores tais como comunicação, cultura, interação, etc. A gramática funcional, embora analise a estrutura gramatical, inclui na análise toda a situação comunicativa: o propósito do evento de fala, seus participantes e seu contexto discursivo (Nichols, 1984).
A lingüística sistêmica é funcional, ou seja, ela procura dar conta de como a linguagem é usada, uma vez que qualquer enunciado está inserido em um contexto de uso1. A língua não existe arbitrariamente, ela evolui para satisfazer as necessidades dos usuários que dela se apropriam, delineando, desta forma, um sistema natural adequado à realidade circundante e no qual tudo pode ser atrelado e explicado de acordo com a produção dos falantes. Neves (1997, p. 2) explica que: (...) qualquer abordagem funcionalista de uma língua natural, na verdade, tem como questão básica de interesse a verificação de como se obtém a comunicação com essa língua, isto é, a verificação do modo como os usuários da língua se comunicam eficientemente. 1
A noção de contexto,