Lingotamento contínuo
Introdução aos Processos de Lingotamento dos Aços
31
3 - LINGOTAMENTO CONTÍNUO
3.1 - INTRODUÇÃO
Será apresentada primeiramente a evolução histórica da implantação do processo de lingotamento contínuo de aços com o objetivo de compreender o significado dos parâmetros de processo e dos aspectos construtivos das máquinas empregadas atualmente.
É bastante antigo o desejo de lingotar diretamente o tarugo destinado à laminação de barras, eliminando-se o pesado e custoso laminador desbastador, bem como aumentar o rendimento total em produtos de aço. Em 1840, G. E. Sellers nos Estados Unidos, patenteava um processo de lingotamento contínuo de tubos de chumbo. Em 1843, J. Laing e em 1865, o próprio
Sir Henry Bessemer, haviam solicitado patentes para o lingotamento contínuo de ferro maleável, destinado à fabricação de chapas. Em 1886, B. Atha obteve a patente para o lingotamento contínuo de tarugos de aço carbono de 100 x 100 mm.
O lingotamento contínuo de aços ainda era um desafio devido à alta temperatura de fusão e a reduzida condutibilidade térmica, quando comparado, por exemplo, ao alumínio. A estruturação básica do processo de lingotamento contínuo, como o conhecemos atualmente, com molde resfriado a água, resfriamento secundário, barra-falsa, roletes de arraste e dispositivo de corte, já havia sido apresentado em 1887, na Alemanha, por Rainer M. Daelen para o lingotamento contínuo do aço. Porém, diversos problemas ocorreram devido ao agarramento da camada solidificada no molde. Durante muitos anos, grande número de pesquisadores dedicou-se a desenvolver a técnica de vazamento e, entre 1930 a 1940, Siegfried Jungnhans, na Alemanha, conseguiu lingotar continuamente, de início latão e alumínio, e depois, o próprio aço. Este pesquisador patenteou um sistema de oscilação do molde em 1933, fazendo com que o processo fosse utilizado em larga escala.
A primeira máquina industrial começou a operar em 1946 na Inglaterra para produção