LINFEDEMA PÓS-MASTECTOMIA
Estimativas que no Brasil em 2012 mais de 50.000 casos novos de câncer de mama possuem condutas terapêuticas variadas, mas a cirurgia prevalece na escolha das mulheres, dependendo da gravidade do quadro ou tumor. No Brasil, o fator que mais dificulta o tratamento é o prognóstico que é tardio em um estado avançado que compromete as chances de sobrevidas e resultados terapêuticos. A técnica da biópsia do linfonodo sentinela reduzia a necessidade da linfonodectomia, pois torna a cirurgia menos agressiva. O sistema linfático está muito envolvido junto com a circulação sanguínea no desenvolvimento do linfedema. Existem vários fatores que influenciam ao desenvolvimento do linfedema, como sobrepeso, pressão arterial, história de infecção/inflamação, utilização excessiva do membro, exposição ao Sol ou calor, traumatismo local, seromas, aparecimento de edema pós-cirurgico e alterações circulatórias. Os sintomas que o linfedema pode apresentar são o aumento do volume do membro, alteração das propriedades mecânicas da pele, alterações sensitivas, predisposição a infecção, desenvolvimento de doenças malignas, rigidez e diminuição no movimento do membro. Alem desses sintomas a paciente pode apresentar redução de autoestima, problemas com a imagem corporal e aceitação social. O principal tratamento para o linfedema é a terapia física complexa (TFC), que utiliza a drenagem linfática manual (DLM), enfaixamento compressivo funcional, exercícios terapêuticos, cuidados com a pele, automassagem linfática e contenção elástica. Mas a redução total do linfedema ainda é um grande desafio. A estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV) tem sido estudada como uma nova alternativa no tratamento do linfedema, aonde associa exercícios terapêuticos, automassagem e autocuidados. O objetivo do estudo com a EEAV foi avaliar a eficácia desta nova técnica no tratamento do linfedema pós-mastectomia radical.