Lima Barreto biografia
Biografia
Afonso Henriques de Lima Barreto (Rio de Janeiro RJ 1881 - idem 1922). Romancista, contista, cronista e jornalista. Filho de pai tipógrafo (João Henriques de Lima Barreto) e mãe professora (Amália Augusto Barreto), o escritor é apadrinhado pelo visconde de Ouro Preto (1836 - 1912), influente ministro do império, que lhe garante uma educação escolar de qualidade. Torna-se órfão de mãe ainda na infância. Ingressa na Escola Politécnica em 1897, mas, reprovado continuamente em diversas matérias e obrigado a sustentar os irmãos, por conta dos problemas psiquiátricos do pai, abandona os estudos. Em 1903, por meio de um concurso público, inicia carreira no setor burocrático da Secretaria de Guerra e também sua intensa colaboração com a imprensa do Rio de Janeiro, publicando artigos e crônicas em periódicos como Correio da Manhã, Jornal do Commercio e A Gazeta da Tarde.
Com amigos literatos, funda e dirige a revista Floreal, que tem apenas dois números. Estreia como romancista no ano de 1909, com a publicação de Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Já em 1911, em formato de folhetim, nas páginas do Jornal do Commercio, publica Triste Fim de Policarpo Quaresma, que se torna sua obra mais célebre, editada em livro apenas quatro anos depois. Por essa época já são agudas as crises do escritor relacionadas ao alcoolismo e à depressão que provocam sua primeira internação no hospício, em 1914. De volta à atividade literária, em 1916, passa a colaborar em periódicos de viés socialista. Apesar de sua simpatia ao anarquismo, seus textos de teor político são também publicados na imprensa tradicional. Passados quatro anos dessa primeira internação, seus problemas de saúde persistem e Lima Barreto aposenta-se, por invalidez, do cargo na Secretaria de Guerra.
No ano seguinte, 1919, é publicado seu romance Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Os períodos de internação no hospício resultam na composição de diversos diários e no