endurecimento. Nesse caso, então, uma propriedade importante é a temperabilidade, ou endurecibilidade, que pode ser definida como a capacidade do material endurecer até uma certa profundidade - a partir da superfície do corpo de prova constituído desse material - quando submetido ao trata mento térmico de têmpera. De uma forma geral os elementos de liga adicionados aos aços reduzem a velocidade de transformação da austenita em temperaturas sub-críticas; e isso facilita a obtenção de microestruturas que surgem às baixas temperaturas de transformação, ou seja, a bainita e a martensita, ao mesmo tempo em que evita o surgimento de microestruturas menos resistentes ferríticas - perlíticas. Dessa forma, os elementos de liga elevam a temperabilidade dos aços controlando a microestrutura; e a microestrutura, nessas condições, é o fator que define as propriedades mecânicas em relação a uma maior resistência e tenacidade. A composição química em si não é determinante das propriedades, mas sim a sua influência na temperabilidade; dessa maneira é possível alterar, combinando teores de diversos elementos de liga, a composição para obter um mesmo efeito final correspondente a uma microestrutura e, consequentemente, a uma propriedade mecânica; a seleção, então, dos elementos de liga, fica condicionada: - À influência dos elementos na temperabilidade; - Ao custo de aquisição e adição dos elementos nos aços; - À disponibilidade dos elementos no mercado. O efeito dos elementos de liga na temperabilidade nos aços pode ser analisada relacionando os diâmetros críticos (diâmetro que produz 50% de martensita no centro após tratamento térmico de têmpera) para a condição do aço com um certo teor e com teor nulo de um determinado elemento, mantendo os
32 demais fatores (tamanho de grão austenítico e teores dos outros elementos) constantes. Essa