Liderança militar
Em um primeiro momento, devemos compreender que, apesar de caminharem juntas em muitos casos, a liderança e a chefia são conceitos distintos. A chefia está associada ao posto,a graduação e em conduzir com eficácia a organização. A liderança, por sua vez, consiste em motivar as pessoas do grupo a fazerem por vontade própria o que deve ser feito. A Marinha do Brasil em seu Manual de Liderança a define como: “ o processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de que ajam, voluntariamente, em prol dos objetivos da Instituição”. No contexto das Forças Armadas, o emprego da liderança é imprescindível para a otimização das funções e a realização das tarefas atinentes. Na profissão militar observamos diversas características que diferenciam a liderança militar da praticada em outras instituições. Como exemplo, podemos citar a hierarquia, a disciplina, obediência à autoridade e coesão grupal.
O binômio hierarquia e disciplina são os pilares das Forças Armadas. Através do primeiro fator é permitido distinguir organizacionalmente líderes de liderados, e do segundo consegue-se que as ordens emanadas sejam cumpridas racionalmente, metodicamente e sem nenhuma crítica. Outra característica muito importante é a coesão grupal, que denota sentimentos associativos e de solidariedade que serão essenciais, pricipalmente na Marinha, para o decorrer das manobras nos navios ou em Organizações Militares de terra.
O EMA-137, que é a doutrina de liderança da Marinha, prevê alguns estilos de liderança para serem usados por nosso militares para auxiliar no cotidiano dos mesmos. Temos quatro estilos: a liderança autoritária, a participativa, a delegativa e a situacional. O primeiro é composto pela autoridade formal e o seu líder é bastante rígido, aplica recompensas e punições ao seus subordinados e se mantem afastado de relacionamentos menos formais com seus subordinados. Esse estilo pode causar resistência passiva e