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Classificação e nomenclatura de ácidos, bases e sais
Classificação e nomenclatura de ácidos, bases e sais
1. Nomenclatura: o início
“Água fagedênica”, “pó de Algarotti”, “sal de Alembroth”, “vitríolo azul”, “colcotar”, “litargírio”, “galena”,
“óleo de tártaro por desfalecimento”, “óleo de tártaro pelo sino”, “óleo de vitríolo”, “manteiga de antimônio”,
“manteiga de arsênico” “branco de Troyes” e “flôres de zinco”. Esse era o modo como os alquimistas da
Idade Média, considerados por muitos os precursores dos químicos, denominavam as substâncias. No entanto, esses nomes estranhos e complicados não nos dizem nada, não é mesmo? Eles nada revelam sobre a classe e os componentes de cada substância.
Antoine Laurent Lavoisier, um químico francês do século XVIII, considerado o maior cientista da história da Química, foi um dos primeiros a chamar a atenção para o problema da nomenclatura. Em
1789, Lavoisier, em colaboração com Louis B. Guyton de Morveau e Antoine F. Fourcroy, publicou o livro que é considerado o marco da Química moderna, Traité Elémentaire de Chêmie (“Tratado Elementar de
Química”), no qual propôs uma nomenclatura química sistemática e racional. Sobre a nomenclatura usada pelos alquimistas, Lavoisier afirmou:
"É necessário grande hábito e muita memória para nos lembrarmos das substâncias que os nomes exprimem e, sobretudo para reconhecer a que gênero de combinações pertencem".
(A.L. Lavoisier, Traité Elémentaire de Chêmie).
A nova nomenclatura estabeleceu nomes que expressavam a natureza química ou a composição da substância. “Litargírio”, “branco de Troyes” e “vitríolo azul”, por exemplo, passaram