LIC e LEC
A membrana celular é composta por uma dupla camada fosfolipídica, com diversas proteínas inseridas na matriz lipídica. Várias dessas proteínas atravessam por completo a estrutura da membrana, servindo de ponte para a passagem de íons, formando canais.
Existem diversos tipos de canais iônicos, sendo os principais para a formação do potencial elétrico os canais de Na+, Ca++, K+, Na+/K+ ATPase e Na+/Ca++, representados esquematicamente abaixo.
As diferenças de concentrações iônica entre o meio intra e extracelular durante a diástole são mantidas em equilíbrio pela ação dos canais iônicos celulares. Esta diferença gera um potencial elétrico entre o meio intra e extra celular, da ordem de -50 a -95 mV no interior das células miocárdicas, variando conforme o tipo celular. Este potencial elétrico é chamado de potencial de repouso transmembrana. Esse potencial de repouso é criado em virtude da troca de íons sódio por íons potássio durante o período de Repolarização. Os íons (sódio e potássio) não são transportados com a mesma velocidade: A Bomba de Sódio e Potássio transporta mais rapidamente íons Sódio (de dentro para fora) do que íons Potássio (de fora para dentro).
Para cada cerca de 3 íons sódio transportados (para fora), 2 íons potássios são transportados em sentido inverso (para dentro). Isso acaba criando uma diferença de cargas positivas entre o exterior e o interior da célula, pois ambos os íons transportados pela bomba (sódio e potássio) são cátions (com 1 valência positiva), e a Bomba de Sódio e Potássio transporta, portanto, mais carga positiva de dentro para fora do que de fora para dentro da célula. Cria-se assim um gradiente elétrico na membrana celular: No seu lado externo acaba se formando um excesso de cargas positivas enquanto que no seu lado interno ocorre o contrário, isto é, uma falta de cargas positivas faz com que o líquido intracelular fique com mais cargas negativas do que positivas.
Os canais