Libras
Pretendemos fazer aqui uma oposição de aspectos característicos entre o Romance de Cavalaria e do romance grego, se fazendo necessária uma breve análise dos mesmos, com ênfase na forma como apresentam a imagem do herói e a questão do tempo-espaço em suas literaturas, tendo como base, o capitulo cinco do texto Questões de Literatura e de Estética de Mikhail Bakhtin. Utilizaremos para exemplificação uma obra de cada literatura, há saber, a Odisséia de Homero e A Saga do Rei Arthur de T.H. White.
Começaremos pela obra grega, que nos é apresentada pelo mítico poeta, trazendo a personagem de Odisseu (o Ulisses grego) que após o término da guerra de Tróia, que durou dez anos, e na qual ele desempenhou uma participação fundamental para a vitória dos gregos se utilizando de sua famosa astúcia, e que inicia sua jornada de regresso ao lar na saudosa Ilha de Ítaca, onde lhe aguarda sua esposa Penélope, que é tida como o modelo feminino da fidelidade e seu filho Telêmaco. Em seguida apresentaremos uma perspectiva da obra de T.H. White com enfoque nas personagens do Rei Arthur, o cavaleiro Lancelot e o jovem Galahad.
Como obra literária a Odisséia é tida como o exemplo máximo do estilo épico e sua melhor representação dentro da literatura universal. Embora haja divergências sobre sua autoria e origem. Ainda hoje temos nela um referencial e modelo para aquilo que chamamos comumente de narrativa épica. Veremos apresentado na obra a longa jornada de um homem que tenta regressar ao lar, seu nome: Odisseu.
Como todo herói grego, Odisseu não procura pela aventura, ela será imposta há ele por uma força superior, ou seja, pela vontade dos deuses, que interferem tanto a favor, (no caso de Atena que chega a lutar ao lado do herói), como contra (na figura de Poseidon que fará todo o possível para deter o herói). Seu único objetivo é o regresso ao lar, porém a viagem de volta, que levará outros dez anos, está repleta com