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Foi inicio do Renascimento, que saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, em que a deficiência passa a ser analisada sob a óptica médica e científica. Esse período traz mais humanização para os surdos, antes conhecidos como castigo dos deus os surdos eram abandonados e sacrificados. Agora são entregues ás santa casas de misericórdia para que sejam cuidados e tratados por padres. Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo, deixou de ser a designação do Surdo
Durante esse período um padre Beneditino chamado Pedro Ponce de Leon contratado por famílias nobres para educar seus filhos e provavelmente futuros herdeiros reais. Nascido em data indeterminada e tendo vivido até 1584, Ponce tinha por objetivo ensiná-los a ler e escrever. Era herbólogo e também manipulava alguns remédios a base de ervas com o intuito de “curar” e fazer falar os Surdos (GOMES, 2008).
Esses nobres que de bom grado lhe encarregavam os filhos, para que pudessem ter privilégios perante a lei (assim, a preocupação geral em educar os Surdos, na época, era tão somente económica).
Ponce constituiu uma escola para Surdos em seu próprio monastério. Utilizava, para educar seus alunos, um alfabeto bi manual – utilizando ambas as mãos – e alguns sinais simples. No entanto, Gomes (2008, p.9) afirma que “Dessa forma, com o alfabeto bi manual o estudante aprendia a soletrar, letra por letra, qualquer palavra, mas não a se comunicar”.
No entanto, ele nunca citou ou alertou à sociedade a importância disso. E também não passou adiante seus métodos de ensino, após sua morte seus registros permaneceram abandonados. Ponce “(...) só se tornou conhecido a partir de 1986, ano em que foi encontrado no Arquivo Histórico Nacional de Madri (Espanha), um manuscrito com relatos rudimentares de seu método” (GOMES, 2008, p.9). Atualmente considerado o primeiro professor de Surdos da História. Sem descartar o fato de