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De acordo com os primeiros, características particulares, como a surdez, são consideradas desvios da normalidade, logo precisam ser corrigidas para evitar a discriminação e a não integração à sociedade. Seria de se esperar da família que compartilhasse com a criança a linguagem dos sinais e compreendesse sua importância para ela. Preocupados com o futuro do filho, entretanto, a maioria dos pais de surdos tendem a escolher a linguagem áudio-verbal, em vez da língua dos sinais, como modalidade de comunicação da criança. Assim, além de mantê-la numa estrutura conhecida da família, afasta-a do "mundo surdo".
A questão da educação dos surdos, como acontece com em outras situações educacionais, tem em alguns aspectos, vertentes totalmente antagônicas. Isso é observado, por exemplo, quando se trata da escolha de métodos para alfabetizar o surdo. Enquanto alguns pesquisadores são totalmente contrários ao uso de sinais e apostam no oralismo como única forma possível de tornar o surdo capacitado para a interação com o ouvinte, outros pesquisadores acreditam que a língua de sinais deve ser a ferramenta adotada para a alfabetização de surdos. A leitura labial, antes vista como uma possibilidade de entendimento do mundo dos sons, hoje se mostra inadequada e quando usada não permite ao surdo acompanhar de forma ampla o