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Ao longo das eras, os surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade, da comunidade surda, da sua língua e da sua cultura, até alcançarem o reconhecimento que tem hoje, na era moderna.
Na antiguidade, a educação dos surdos variava de acordo com a concepção que se tinha deles, a maioria dessas concepções eram negativas. Para os gregos e romanos, os surdos não eram considerados humanos, pois a fala era resultado do pensamento. Logo, quem não pensava não era humano. Não tinham direito a testamentos, escolarização, frequentar os mesmos lugares dos ouvintes, eram confundidos como retardados, não podiam se casar (até séc. XII) .Os surdos foram maltratados ao longo da história. Foram vítimas de extermínio e segregação pois eram olhados como uma aberração. Na China, outro exemplo, os surdos eram atirados ao mar.
O Filósofo Aristóteles, homem importante da época, afirmou que considerava o ouvido o órgão mais importante no humano. Esse pensamento contribuiu para que o surdo fosse visto como incapaz de receber qualquer instrução, de ser educado.
Na idade média, a sociedade era dividida em feudos. Nos castelos, os nobres, para não dividir a sua herança com outras famílias, acabavam casando –se entre si, o que gerava grande número de surdos entre eles. A igreja Católica muito influente na época, temia que os surdos por não poder se confessar, suas almas passariam a ser consideradas mortais. Foi ai então que ocorreu a primeira tentativa de educar os surdos, a igreja católica convidou os monges para serem os educadores desses surdos. Como os monges fazem votos de silêncio, como educar os surdos e não passar seus conhecimentos dos livros sagrados? Criaram então, uma linguagem gestual para tentar a comunicação. Só no fim da Idade Média é que a surdez começou a ser encarado como uma deficiência auditiva, sob o ponto de vista científico.
Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo,