Libras C Pia
Os surdos, durante muitos anos, sofreram pela ausência de uma comunicação efetiva dentro da sociedade. Sem direitos garantidos e sem condições de estudar, inseridos em uma sociedade de maioria ouvinte, eram relegados a uma condição onde a comunicação era considerada apenas gestos e portanto proibida. Com a chegada do educador francês Hernest Huet, ex-aluno surdo do Instituto de Paris, que trouxe consigo o alfabeto manual francês e a língua francesa de sinais, originou-se então a língua brasileira de sinais (Libras).
A linguagem dos sinais não é universal, cada país tem a sua própria estrutura gramatical. Como acontece com a linguagem oral, que tem variação e características regionais dentro do próprio país, ocorre também com a linguagem dos surdos. É um sistema de comunicação arbitrário, composto por símbolos com significados convencionais. É a representação cognitiva do universo por meio dos quais as pessoas constroem relações e, contém um conjunto de regras gramaticais, apresentando-se como uma língua natural. Pode sofrer variações de acordo com alguns fatores como o tempo, espaço, nível cultural e social.
Quando apresenta uma característica real de um ato, dizemos que é icônica, quando mantém relação de semelhança com seu referente, arbitrariedade. Diferencia-se da linguagem oral porque utiliza-se de um canal visual-espacial, ou seja, a comunicação articula-se espacialmente e é compreendida visualmente. Apesar disso, é importante salientar que os sinais de Libras não são o simples “desenho” no ar do que se deseja representar.
A datilologia (soletração utilizando alfabeto manual) é utilizada, normalmente, para soletrar nomes de pessoas, lugares, rótulos, ou para vocábulos não existentes na língua de sinais. É similar ao processo oral, quando uma pessoa não sabe escrever determinada palavra soletramos para ela e em libras fazemos a datilologia dela. Para se fazer um sinal em libras, é necessário utilizar os cinco parâmetros: -