Libofobia

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INTRODUÇÃO
A complexidade das relações sociais exige um olhar cada vez mais atento às demandas educacionais no campo da constituição das subjetividades, de forma que a atuação da escola não se restrinja à transmissão do conhecimento produzido e sistematizado pela humanidade. Sabemos que as crianças e adolescentes não se formam apenas pela ação educativa da família e da escola, mas se constituem nas diversas relações que a sociedade oferece.
A concepção de currículo assumida pela Rede Municipal de Ensino do Recife extrapola os muros das escolas e os seus conteúdos clássicos, entendendo que a televisão, o cinema, a música, a mídia impressa, a literatura, a publicidade, a internet e toda a produção cultural, interferem na forma como as pessoas se reconhecem e se constroem como sujeitos.
Uma das questões que tem interferido na formação dos jovens e adolescentes é a forma de legitimar a si a ao outro a partir de um padrão de beleza estabelecido pela mídia. A busca por este padrão gera muitas vezes sentimentos de culpa, de exclusão, de rejeição.
Pensar ou mesmo repensar o corpo é uma tarefa complexa devido às inúmeras dimensões que podem ser exploradas, as diferentes contextualizações de concepção corporal. Um dos fenômenos ligados a esta questão é a lipofobia que se constitui, na sua forma mais simples, em um medo exagerado de ser gordo. Outro desdobramento dessas imposições ao “modo de ser” dos jovens é a não aceitação da cor e de outras características físicas.
A não aceitação do próprio corpo pode desencadear desde distúrbios orgânicos, como a anorexia e a bulimia até problemas ligados às relações sociais, como o bullyng, por exemplo, pois ao não aceitarem as diversas formas e apresentação do corpo, a tendências dos jovens é rejeitar o outro na forma de violências simbólicas psicológicas ou físicas.
Para acatar a imagem imposta como ideal, o homem contemporâneo aboliu o açúcar, o amido e a gordura. Esta é a tríade criminosa, inimiga nº 1 da geração-saúde. São

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