liberdade do sexo entre os jovens
Os jovens lutam por uma maior liberdade sexual em todos os espaços, em casa, na escola, na sociedade. Cada vez mais os assuntos referentes ao sexo são tratados com normalidade, discutidos mais cedo, e acessados pela internet. A orientação sexual já não é somente adquirida na rua, vem também de dentro das escolas, num trabalho conjunto de pais, profissionais de saúde e educação. E com isso, muitas famílias, apesar de alguma resistência, tentam permitir discussões referentes à sexualidade dentro de casa. O estudante Rafael Santos Leal, 21, acredita que a sociedade insiste em tratar essas questões com certo pudor, limitando informações de fácil acesso durante o desenvolvimento do indivíduo. “A liberdade que o jovem tem para tratar de assuntos referentes ao sexo com a família e a sociedade é um ponto positivo, mas bastante limitado ainda”, diz. Rafael relata que recebeu orientações antes da primeira experiência sexual na rua, e o assunto não foi tratado em casa com os pais. A psicóloga Geórgia Braga acredita que o melhor lugar para o adolescente receber orientações e dialogar sobre assuntos ligados ao sexo ainda é em casa. “No momento em que a orientação sexual alcançou o ambiente escolar atingiu como um choque os pais, mas a medida que o tempo foi passando muitos tabus foram quebrados e o assunto foi discutido mais abertamente”, diz. Geórgia afirma que os jovens sofreram várias mudanças referentes ao comportamento sexual nas últimas décadas. Ela ressalta que eles estão tendo o primeiro contato com o sexo cada vez mais cedo e apesar de terem acesso a informações ainda tratam o tema de maneira irresponsável. Segundo relatório divulgado pela ONU, quase metade dos novos casos de AIDS no mundo ocorre em jovens entre 15 e 25 anos. De 30% a 40% das mulheres nessa mesma faixa etária têm HPV, vírus que muitas vezes não apresenta nenhum sintoma e que pode levar ao câncer. “Eu tive acesso a informações sobre sexo antes de iniciar minha