Liberdade: Desespero e Angústia sobre Sartre
Etimologicamente, a palavra liberdade surgiu do latim libertas e era usada entre os romanos na Idade Antiga, para distinguir os escravos e os prisioneiros entre os cidadãos; eram chamados de livres, aqueles indivíduos cuja vontade não dependia de outrem. Na filosofia de Jean Paul Sartre, a existência humana se confunde com a liberdade. Liberdade esta, que é total, sem limites ou condições, e que impõe ao indivíduo a busca por uma conduta autêntica, sendo o próprio critério da existência. Existe em Sartre, a preocupação de trazer ao fulgor da razão o problema da ação do indivíduo em relação à liberdade e a pesada responsabilidade que este têm, ao fazer suas escolhas. O indivíduo tem liberdade de escolha, ainda que possua a consciência de que não lhe é permitido fazer apenas o que deseja; sabe que pode escolher, até mesmo “não escolher”; sabe-se que o indivíduo é um ser condicionado por seu meio, por suas atitudes, por suas ações; porém, é dotado de livre-arbítrio.
Destarte, nesse imperativo categórico “o homem é um ser livre”, desvela-se a importante dicotomia relativa entre a questão da liberdade e a angústia, ou seja: a liberdade de escolha que o indivíduo possui para fazer opções em sua vida, e, em contrapartida, como esta consciência de liberdade suscita no sujeito o aterrorizante sentimento de angústia,