Leviata
Thomas Hobbes
Através destes pensamentos podemos chegar à conclusão de que não existe razão sem linguagem; o que pode ser um dos motivos que explique o fato de os gregos utilizarem uma só palavra para definir linguagem e razão.
DA RAZÃO E DA CIÊNCIA
“Quando um homem raciocina, nada mais faz que conceber uma soma total, por meio da adição das parcelas; ou um resíduo, pela subtração de uma soma de outra”; o que, quando é feito através da linguagem escrita ou falada é possível de se entender por meio da conseqüência ou a partir do nome do conjunto e do nome de uma parte, o nome de outra parte; ou seja, tudo o que pode ser via da subtração ou da adição, podem ser fruto da razão. Através destes pensamentos podemos definir razão como sendo a “consideração das consequências dos nomes gerais ajustados para a caracterização e a significação de nossos pensamentos”. Como nos diz Hobbes, a razão é manifesta, nenhum dos filósofos começam “seu raciocínio pelas definições ou explicações dos nomes que vão empregar; esse método é usado apenas na geometria, razão pela qual as conclusões desta ciência são indiscutíveis”. As conclusões absurdas podem ter suas causas, como as citadas a seguir: falta de método, atribuição de nomes de corpos a acidentes ou vice e versa, atribuição de nomes de acidentes de corpos situados fora de nós aos acidentes de nossos corpos, atribuição de nomes de corpos a expressões, uso de metáforas, tropos e outras retóricas, em vez das palavras corretas e a existência de nomes que não significam nada. “Desse modo fica evidente que a razão não é como os sentidos e a memória, inata ao homem, nem adquirida pela experiência... mas alcançada mediante o esforço”.
DA ORIGEM INTERNA DAS MOÇÕES VOLUNTÁRIAS, COMUMENTE CHAMADASPAIXÕES, E DAS PALAVRAS QUE AS EXPRESSAM. As moções que estão presentes nos animais são de dois