leucemia
A leucemia linfóide crônica resulta de lesão adquirida (não hereditária) no DNA de uma única célula, um linfócito, na medula óssea. A lesão no DNA da célula confere a ela maior capacidade de crescimento e sobrevivência, tornando-a anormal e maligna (leucêmica). O resultado desse dano é o crescimento descontrolado de células linfóides na medula óssea, levando invariavelmente ao aumento do número de linfócitos no sangue.
Nas leucemias crônicas não há o impedimento da formação de células normais na medula óssea, por isso, células leucêmicas (com DNA danificado e de crescimento lento) e normais convivem ao mesmo tempo, o que explica a evolução mais lenta da leucemia linfóide crônica
Como a LLC pode ser diagnosticada?
Para se confirmar o diagnóstico da LLC é necessário que sejam realizados exames nas células do sangue e, em muitos casos, da medula óssea.
Hemograma: a contagem de glóbulos brancos apresenta-se maior no sangue como resultado do aumento dos linfócitos. A contagem baixa de plaquetas e a diminuição de glóbulos vermelhos podem aparecer, mas essas são alterações leves no estágio inicial da doença.
Mielograma: trata-se da punção de uma pequena amostra da medula óssea que mostrará um aumento na proporção de linfócitos, frequentemente acompanhado pela diminuição das células normais.
Exame citogenético ou cariótipo: é o estudo que detecta alterações nos cromossomos. Mesmo que não seja um exame obrigatório para o diagnóstico, este tipo de análise pode ajudar na avaliação da progressão da doença.
Imunofenotipagem no sangue ou medula óssea: distingue se os linfócitos que se acumulam são derivados da transformação maligna de um linfócito de linhagem de células B ou de células T, no processo de diferenciação. Esse exame é hoje fundamental para o diagnóstico correto e para diferenciar a LLC de outras doenças parecidas. Apesar de ser pouco frequente, a leucemia linfóide crônica de células T afeta a pele, o sistema nervoso e os gânglios linfáticos