letramento
Não devemos pensar na língua como algo que se polariza entre o "certo" e o "errado". Temos de pensar a linguagem sob o prisma da adequação. A partir de várias leituras chegamos a conclusão que para melhor explicar podemos citar a língua como o traje que usamos para uma festa: se vamos há um baile de gala algo mais formal devemos usar um traje adequado com a ocasião e ao contrário se temos um programa com amigos algo informal, podemos então assim usar uma linguagem mais coloquial simples. Já na escola não nos era passado que existem, tais opções de uso da linguagem e sim o fato de que determinada regra era correta ou não privilegiando assim o uso da gramática normativa.
Devemos sim usar a norma, mas podemos nos adequar à ocasião em que nos for imposta naquele momento sem cometer grandes erros.
O papel da escola no ensino da norma padrão: Voltando a enfocar que a escola usa ensino da gramática normativa, encara o "erro" como tudo aquilo que se desvia da norma. A polêmica sobre o "falar popular" revela a necessidade de dialogar com os alunos não familiarizados com a norma-padrão. Podemos ver grandes variações com exemplos como falar do regionalismo de Jorge Amado à prosa contemporânea da literatura marginal, passando pelo modernismo de Mário de Andrade e Guimarães Rosa, refletir sobre as variedades populares da língua, típicas da fala, tem sido uma maneira eficaz de levar os alunos a compreender as formas de expressão de diferentes grupos sociais, a diversidade linguística de nosso país e a constatação de que a língua é dinâmica e se reinventa dia a dia. A escola pode apresentar aos alunos formas de leitura de jornais, revistas e manchetes em geral que fale de acontecimentos atuais e regionais que dizem respeito ao seu dia a dia levando os alunos a conhecerem as normas da língua dentro de seu contexto social. Com tantas variações e normas nos dias de hoje é um desafio ensinar a norma culta da língua.