Leques aluviais
16 de novembro de 2011
Leques aluviais
São uma expressão de processos deposicionais e erosivos que ocorrem entre uma área elevada de alta declividade e o sopé desta que se constitui em área ampla e de baixa declividade. A área elevada, sejam montanhas ou planaltos com escarpamentos, é o setor de oferta de sedimentos e água. A ação das correntes fluviais se expressa mais eficientemente nos momentos de chuva ou de derretimento de neve e/ou gelo. A água tem sua capacidade ampliada pela atração gravitacional naquelas situações de desníveis entre as altas encostas e o sopé.
A água com a carga sólida tem neste transporte um poder erosivo excepcional que ajuda a remover o que estiver disponível na área fonte. Há um aumento de poder erosivo e destrutivo que não cessa ao chegar ao sopé onde sua energia vai ser usada na redistribuição dos depósitos de várias idades. Assim os depósitos dos leques são continuamente erodidos e redepositados com a mudança dos canais fluviais.
O padrão de canais da área fonte dependerá das litologias, estruturas geológicas e declividade, e poderá ser paralelo, peniforme, subdendrítico. Na área do leque o padrão dominante é o entrelaçado. Este padrão revela a alta movimentação dos canais, podendo mudar a cada inundação ou se dividir em vários canais para logo após reunir-se.
Freqüentemente os leques têm declividades de 1º, 2º até 5º, confundindo-se muitas vezes, quer em planícies quer em planaltos, com planos aluviais de outras origens, ou com outros depósitos sedimentares. Os rios que os formam e os atravessam são em geral, rios torrenciais que produzem no plano dos leques, inundações catastróficas. Estas inundações, os processos geradores dos leques e a situação no sopé de elevações, estas com grande potencial para oferecer águas e sedimentos, tornam os leques aluviais áreas de elevado risco para as populações e as edificações