Estratigrafia bacia resende e volta redonda

Estratigrafia

1 – Bacia de Resende
A Bacia de Resende já teve sua construção estratigráfica alterada inúmeras vezes, a primeira definição foi feira por Amador (1975) que subdividiu os depósitos sedimentares da bacia em duas unidades estratigráficas: Formação Resende (inferior) e Formação Floriano (superior). A primeira era descrita como uma sequência de unidades tabulares predominantemente arenosas e secundariamente síltico-argilosas. Já a Formação Floriano foi descrita como uma sucessão de camadas arenosas e argilosas. A mais recente revisão estratigráfica foi feita por Ramos (1997) que definiu três unidades estratigráficas: Formação Ribeirão dos Quatis, Formação Resende, que contém os membros Itatiaia e Acácias, e por fim, a Formação Floriano (Ramos et al, 2006). O embasamento ao sul da bacia é composto principalmente por migmatitos, biotita – gnaisses, xistos e diversos corpos de granitóides. Já ao norte da bacia o embasamento é formado gnaisses milonitizados, ortognaisses, granulitos e rochas granitoides (Ramos et al, 2005).

Formação Ribeirão dos Quatis: Representa a unidade mais antiga da Bacia de Resende, de origem cenozóica. Constitui o registro de um antigo sistema fluvial de tipo entrelaçado implantado sobre embasamento arrasado. Na base é constituída por depósitos com camadas amalgadas de cascalho grosso (conglomerados fino a grosso e fino a médio, com matriz arenítica) maciço ou com estratificação mal definida, depositadas por fluxos hidrodinâmicos episódicos de alta energia. Ocorrem também escassas camadas intercaladas de arenito grossos laminados ou com estratificações cruzadas acanaladas, representativas de momentos de menor energia nas enxurradas. Acima desta está uma associação de arenitos médios a muito grosso, conglomerados grossos, lamitos e siltitos com restos vegetais em camadas lenticulares, organizadas em ciclos granodecrescentes de espessura decimétrica. A base de cada ciclo é formada por uma delgada camada de conglomerado