Na agricultura brasileira, os lepidópteros constituem ao rdem de insetos com maior número de espécies nocivas, cuja fase larval pode danificar todas as partes da plantas cultivadas (Gallo et al. 1988). No caso do milho (Zea maysL.), são conhecidas pelo menos 21 espécies associadas, distribuídas nas famílias Arctiidae, Cosmopterigidae,Crambidae, Noctuidae, Pyralidae e Saturniidae. A lagarta‑do‑cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E.Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), destaca-se como a principal espécie‑praga do milho (Zea mays L.) nas regiões subtropicais e tropicais do continente americano (Juárez et al., 2012). Trata-se de uma espécie polífaga, que infesta cerca de 180 espécies de plantas hospedeiras em sua zona de distribuição e ocorrência (Casmuz et al., 2010). Por não apresentar diapausa,S. frugiperda é uma praga de ocorrência sazonal nas áreas de clima temperado e, sob temperaturas mais altas, pode produzir até 13 gerações por ano no milho(Afonso et al., 2009). Historicamente, a principal medida de manejo de S. frugiperda no Brasil tem sido o controle químico (Costa et al., 2005). Contudo,o comportamento larval de S. frugiperda, que se alimenta e se protege no cartucho das plantas de milho, limita significativamente a eficiência desse método de controle (Waquil, 2007). Lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Smith) - Os adultos da lagarta-do-cartucho são mariposas de hábitos noturnos e migratórios. Durante o dia, as mariposas são encontradas normalmente dentro do cartucho das plantas. Durante a noite, os adultos têm intensa atividade de acasalamento, dispersão e migração. As fêmeas, depois do acasalamento, depositam massas de ovos (150 a 250 ovos/postura) nas folhas (Figura 01). Após a eclosão, as larvas de primeiro ínstar têm comportamento dispersivo, migrando para outras folhas e plantas. No inicio, raspam as folhas e deslocam-se para as partes mais protegidas das plantas, procurando .