Leopoldina
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Fidelidade, acima de tudo, à monarquia
Leopoldina passou por sacrifícios para conservar o poder e teve papel fundamental na Independência
Andréa Slemian
1/8/2014
Ainda hoje predomina no senso comum uma visão de D. Leopoldina como esposa dedicada a D.
Pedro, que teria sofrido por não ser correspondida, constantemente traída pelo jovem imperador, obscurecida pela marquesa de Santos. Ao mesmo tempo, ela é vista como uma das principais responsáveis pela Independência, que teria apoiado o movimento devido ao amor que nutria pelo
Brasil e por seus habitantes. Como se poderia explicar o papel de esposa abnegada a partir do afinco com que a imperatriz atuou politicamente nos idos de 1822 no Rio de Janeiro?
Sob o título de arquiduquesa, D. Carolina Josefa Leopoldina nasceu em 1797, filha de Francisco II e de D. Maria Teresa, da casa de Habsburgo, uma das mais tradicionais da Europa. Destacavam-se pela defesa do ideal monárquico absolutista, contra a Revolução Francesa de 1789 e a ascensão de Napoleão Bonaparte – fantasmas permanentes que aterrorizavam a ordem conservadora.
A jovem Leopoldina, educada com esmero no ambiente ilustrado da Corte de Viena, demonstrava compreender o lugar que lhe fora destinado. Princesas como ela desempenhavam um papel importante na política de casamentos entre as famílias reais, o que assegurava acordos e pactos Aclamação de D. Pedro como imperador do Brasil de alianças entre os Estados e a própria reprodução monárquica. O destino dos jovens príncipes e no dia 12 de outubro de 1822. Vitória política princesas já estava traçado desde muito cedo em função dos acertos políticos. A arquiduquesa também de Leopoldina, que havia defendido a sabia muito bem disso e, na época, esperava que chegasse a sua vez.
Independência, antes mesmo do marido. (Foto:
Fundação Biblioteca Nacional)
Antes de Leopoldina completar 19