Leonardo
O custo do progresso nas sociedades ameríndias.
Introdução:
Nesse capítulo abordaremos sobre a colonização europeia na América, o custo humano, cultural, científico, social que se atribui a esse acontecimento histórico e principalmente a questão filosófica que a inere.
Em toda a história humana, definida como o período após a invenção da escrita, não houve situação de extermínio populacional como na colonização da América. O novo mundo, assim chamado pelos europeus dos séculos XV e XVI, tinha como população estimada cerca de 80 a 100 milhões de habitantes no período pré-Colombiano; havia grupos étnicos de distintos estágios de desenvolvimento: os conhecidos como seminômades, como os encontrados no território brasileiro, e até mesmo membros de grandes civilizações em termos populacionais e tecnológicos, incas, maias, astecas.
Após a chegada de povos da Europa, conhecidos como colonizadores, convenciona-se que houve uma redução do número original de habitantes nativos do continente para menos de 10 milhões de ameríndios no período contido entre o final do século XV e o final do XVI. Tal número demonstra a violência e descaso com a vida dos índios, em sua maioria mortos por espanhóis.
Justificativas foram mencionadas em todos os países participantes dessa empreitada além-mar, os monarcas apoiados pelas burguesias locais e com ideias mercantilistas, foram a procura de metais preciosos, matérias-primas, mão-de-obra e mercado consumidor; mas o mais intrigante em todo o contexto de exploração dessas chamadas colônias é a justificativa usada para explicar os atos de exploração, levar o progresso aos povos americanos a fim de socializa-los e civiliza-los.
De todas as formas de se explanar esse abuso não há outra mais irônica que a ajuda de boa-fé dos brancos aos índios a se