LEONARDO DA VINCI: anatomia e observações hemodinâmicas

LEONARDO DA VINCI: anatomia e observações hemodinâmicas

Músico, escultor, engenheiro, pintor, arquiteto, inventor, cientista, Leonardo da Vinci foi um homem que pensou à frente do seu tempo, protótipo do ideal renascentista do “homem universal”, um dos maiores gênios que a humanidade já teve.
Na busca de representações exatas do corpo, os artistas estimularam os estudos de anatomia, nesse sentido, Da Vinci demonstrava a intenção de unir, harmoniosamente, arte e ciência. O conhecimento anatômico era baseado em textos, mas graças a observação prática com cadáveres e ao trabalho com sombreamento, os desenhos anatômicos surgiram como maravilhosas obras e objetos de estudos ricos em perspectiva.
Leonardo começou fazendo medições dos músculos e se tornou um anatomista, chegando a realizar trinta autópsias, mais de setecentos e cinquenta desenhos anatômicos e cento e vinte cadernos de apontamentos sobre anatomia.
No início do século XVI, o projeto de Leonardo culminou em uma série de estudos obsessivos sobre o coração humano. Através de uma colaboração que transpôs os séculos, alguns cardiologistas utilizam esses estudos como base de um método cirúrgico pioneiro, que analisa como Leonardo separou os componentes do coração, suas aberturas e seu funcionamento, como ocorre sua contração, o sangue entra e sai, e o mais importante: como as valvas funcionam.
Da Vinci defendia que os vasos sanguíneos surgiam do coração e ramificavam-se como uma árvore, a fim de sustentar essa afirmação baseou-se na ideia que de que a espessura dos vasos diminuía do coração para a periferia, à medida que se ramificavam.
Leonardo estava estudando o comportamento dos líquidos ao mesmo tempo que trabalhava com sistemas de canais, o que talvez tenha o ajudado a entender a engenharia líquida do coração. Seus desenhos indicavam um entendimento e até mesmo uma fascinação por dilúvios, deu particular atenção aos redemoinhos e fluxos, o que deu fundamento para suas interpretações hemodinâmicas