LENDAS E CRENDICES DO IMAGIN RIO PARNAIBANO

LENDAS E CRENDICES DO IMAGINÁRIO PARNAIBANO
Ana Clélia Guerra da Rocha1
Verônica Maria pereira Ribeiro2

INTRODUÇÃO
Imaginar é um ato solene. Por ocasião de sua atuação sociológica, o ser humano é dotado de uma indiscutível faculdade simbolizadora. Por conseguinte, o ato de criar não deve ser concebido fora do Imaginário, que interpreta os símbolos e as imagens como revelação e elo de sociabilidades, decorrentes de elementos arquetipiais que assumem um caráter psicológico transformando a realidade e o modo de ver essa realidade porque é expressão concentrada da situação psíquica como um todo, “um produto homogêneo, com sentido próprio e autônomo” (COELHO, 1999).
O ato de criação se constitui em ato comunicativo. Desde as eras mais remotas quando o homem usou uma lasca de pedra para perfurar objetos, ele comunica interage com a técnica, transformando-se junto à natureza. Com o passar do tempo, surge uma linguagem mais elaborada, mais aprimorada resultando na complexificação das trocas, das relações, não apenas entre os homens, mas também entre estes e as técnicas. Inicialmente são os movimentos gestuais que irão regular os primeiros núcleos sociais. Pouco depois, a criação da linguagem oral, fornece à humanidade os atributos que permitiram um salto comunicativo de grandes dimensões: a experiência pôde então ser verbalizada e passada, de geração para geração, em níveis muito mais complexos do que os possíveis até então. Esse foi o momento em que a memória para a ser valorizada e considerada fundamental para as organizações sociais existentes.
A memória é a própria idéia de história das culturais orais. É modo através do qual eles registram a guardam suas identidades. E, a memória ainda compartilha da natureza do imaginário, como um conjunto de imagens que integram e constituem a produção daquilo que pensa e sente o ser humano. Porém não se trata de uma faculdade passiva posto que obedece a um princípio organizativo.
É nesse universo psicosocial que se encontra