Economia de Sinais
Rodrigo Daniel Levoti Portari1; Humberto Cecconi2; Sergio Carlos Portari Junior3; Patricia Cristina Oliveira Brito Cecconi4
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo entender a utilização do repertório de cores nas capas do jornal Super Notícia, que é publicado no estado de Minas Gerais e hoje ocupa o posto de publicação com a maior circulação nacional. Tendo como sustentação as notícias de violência, morte e policial, o jornal faz uso intencional de cores em sua capa para estabelecer um repertório comum a seus leitores. O artigo aponta caminhos dessa criação de repertório que pode gerar outro problema: a redução do significado das cores.
Palavras-Chave: Cores. Super Notícia. Capa de jornal. Economia de Sinais.
Abstract: This study aims to understand the use of the color repertoire in the journal covers Super Notícia, which is published in the state of Minas Gerais and today ranks as the publication with the largest national circulation. With the support the news of violence, death and police, the newspaper makes intentional use of color on its cover to establish a common repertoire to your readers. The article points out ways that creation of repertoire that can generate another problem: reducing the significance of the colors.
Keywords: Color. Super Notícia. Newspaper cover. Signal economy.
1. Introdução
O jornal Super Notícia, editado e veiculado em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, pode ser chamado de um “fenômeno” da comunicação. Com tiragem de 300 mil exemplares diários¹ e preço de venda a baixo custo (R$0,25) hoje é considerado o jornal de maior circulação no estado, deixando para trás grandes publicações tradicionais como O Estado de Minas e O Tempo, veículos que por anos ocuparam esse posto de maior tiragem diária.
Sustentando sua capa no tripé violência, sexo e futebol – características marcadamente sensacionalistas (ANGRIMANI, 1996), a publicação é