leitura e produção
Leia com atenção este texto.
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Avanço insustentável
Pesquisa do IBGE aponta queda na desigualdade, mas também estagnação do emprego e limites das políticas compensatórias
IMPÕE-SE saudar como uma das raras boas notícias dos últimos tempos aquela trazida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) de 2005, do IBGE: pela primeira vez desde 1996, subiu a renda do trabalhador brasileiro. O aumento foi de 4,6%. Recomenda-se, porém, temperar o regozijo com alguma reticência.
O progresso registrado não deixou de trazer surpresa, em face do crescimento pífio do PIB em 2005, de 2,3%. Sob condições normais de temperatura e pressão econômicas, tal expansão seria provavelmente insuficiente para ampliar a renda e distribuí-la de maneira mais equânime.
Fundamentais para o resultado alentador, além do aumento real de 9,9% no salário mínimo em 2005, parecem ter sido os programas de transferência de renda do governo federal. Na faixa de seu público-alvo, como os 10% mais pobres da população, o ganho de renda atingiu o patamar mais alto: 14,8%.
Traduzindo percentuais em palavras, a Pnad 2005 se resume numa importante mensagem: retrocedeu ligeiramente a desigualdade de renda no Brasil. O chamado índice de Gini, aplicado às rendas do trabalho, caiu de 0,547 para 0,544 (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade). Trata-se do valor mais baixo desde 1981.
Nem tudo são boas novas, entretanto. Em que pese o aumento de 2,9% nos postos de trabalho, o nível de emprego se deteriorou. Os 2,5 milhões de novas vagas não se revelaram suficientes para acolher todos os ingressantes no mercado. A taxa de desemprego em 2005