Leitura na escola
A escola, que se pretende democrática, na verdade, também exclui, pois mesmo os alunos que têm acesso a ela sofrem, muitas vezes, um tipo velado de exclusão. Isso porque a inscrição do sujeito leitor se faz controlada e dirigida. Ele é instado a confessar aos outros a sua leitura e a corrigi-la na direção do consenso. Dessa forma, pode-se observar um controle do imaginário que se faz continuamente em nome da aquisição do conhecimento. Daí resulta um conhecimento construído sem imaginação e sem investimento pessoal do leitor. (PAULINO, WALTY, FONSECA, CURY; 2001, pág: 27).
A citação anterior respalda a percepção de uma cultura “velada” de exclusão, onde a prática de leitura, da linguagem oral e gráfica são pensadas, trabalhadas e avaliadas a partir de elementos controladores que ferem o significado das mesmas, enquanto manifestações de livre expressão dos sujeitos. Historicamente convivemos nos espaços escolares, com sinais bem marcados que denunciam o ciclo da exclusão: inicialmente, a exclusão se dava logo na entrada, não havia acesso à escola para todos. Depois a evasão seguida da retenção passaram a corporificar a exclusão.
Segundo BETTELHEIM,
Boa parte dos procedimentos cotidianos das escolas são concedidas por causa das necessidades do sistema educacional estabelecido, e essas necessidades, freqüentemente, prevalecem sobre as necessidades das crianças (1984, pág: 17).
Reportando ao objeto da pesquisa, as chamadas “dificuldades de interpretação” podem se conseqüentes de projetos (atividades) esvaziadas de sentido para as crianças mas que, respondem às “exigências do sistema”.
Percebemos que existe um grande esforço por parte de alguns educadores em desenvolver estratégias que amenizem as dificuldades interpretativas dos alunos.
JUSTIFICATIVA:
Este projeto possibilita que a sala de aula se transforme numa oficina e os alunos em artesãos de textos, proporcionando aos educandos uma imersão no mundo da leitura, garantindo que todos se