LEITURA CRÍTICA: CONCEITOS DA POÉTICA EM “UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA”, DE MIA COUTO
Faculdade de Comunicação e Artes
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2° Período – Manhã
Natália Martins de Matos Nunes
LEITURA CRÍTICA: CONCEITOS DA POÉTICA EM “UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA”, DE MIA COUTO
Belo Horizonte
2012
Natália Martins de Matos Nunes
LEITURA CRÍTICA: CONCEITOS DA POÉTICA EM “UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA”, DE MIA COUTO
Trabalho apresentado à disciplina Comunicação e Literatura, da Faculdade de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Professora: Vanessa Brandão
Belo Horizonte
2012
ANÁLISE
A “Poética”, de Aristóteles foi a obra precursora dos estudos e teorias literárias do mundo ocidental. Ela é considerada um “manual” de técnicas, conceitos e descrições do fazer poético, que vigoram até os dias atuais. Foi através dessas ideias aristotélicas que a produção literária se desenvolveu, desde a Antiguidade até a atual Pós-Modernidade. Dessa obra, é importante ressaltar dois conceitos fundamentais para o fazer poético: Mimese e Verossimilhança. Apesar de não estarem definidos explicitamente no texto de Aristóteles, é possível descobri-los através de elementos não-explícitos do texto – pela interpretação. Por isso, ambos os conceitos possuem definições ambíguas e estão intimamente conectados. Em sua primeira definição, mimese pode ser lida como cópia, reprodução, imitação do real, tal qual ele é dado. Interpretada dessa forma, não atribui ao autor nenhum tipo de ação criativa, empobrecendo a atividade poética e resumindo-a a uma representação do mundo – tal como é o papel da História. Já em sua segunda definição, mimese é interpretada como uma apresentação de algo novo, um produto fabricado pela ação criativa do autor, que busca potência e perfeição (tal qual a dos objetos naturais). O poeta imita pessoas em ação, revelando o