LEIS, Hector - fichamento - A Modernidade Insustentável
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A Modernidade Insustentável – O Ambientalismo esta Morto, Viva o Ambientalismo. http://www.ambiental.net/coscoroba/LeisParte3.pdf Uma contribuição à genealogia do ethos do ambientalismo a partir da indicação das limitações teóricas do pensamento crítico da tradição moderna, eis o objetivo do autor no capítulo lido.
A tradição moderna realizou uma separação ontológica entre sociedade e natureza, conforme atestam muitos autores.1 Em Marx a natureza é entendida como um meio para o trabalho humano, resultando que na interação entre homem e natureza existe uma apropriação da natureza por parte do homem, já que este apenas é capaz de realizar o trabalho que modifica efetivamente a natureza de uma forma que ela por si só não conseguiria. O trabalho humano encontra-se acima da natureza nesta concepção, a natureza é o objeto e a humanidade o sujeito desta relação. A liberdade humana é alcançada justamente com a diminuição da sua dependência da natureza, pela multiplicação dos instrumentos de trabalho que permitem ao homem modificá-la. Trata-se de uma noção de liberdade concebida antropocentricamente, comum tanto a corrente liberal quanto a corrente marxista. É, na concepção do autor, uma herança “maldita”, na idéia “de que o progresso humano baseia-se na superação de todo e qualquer obstáculo através das forças do trabalho e da teconologia, o que supõe sempre uma liberdade conquistada à custa da degradação do meio ambiente.” (p.138).
A escola de Frankfurt, sem romper com a preocupação emancipatória do Marxismo passam da crítica a economia política, de Marx, a uma crítica da civilização tecnológica. Não mais a liberdade pode ser alcançada através de uma razão instrumental que domine a necessidade, a dinâmica histórica deixa de ter um sentido intrinsecamente positivo, a partir do momento que o processo de racionalização iluminista