Leis divinas
"Feliz aquele que segue a lei divina. É como a árvore plantada à beira da água, que dá fruto e cujas folhas nunca murcham (Sl 1)."
Nossa liturgia deste final de semana, nos traz uma advertência. Primeiro, recordemos a liturgia de semana passada, que nos diz sobre aquele que não é fiel nas pequenas coisas que também nao será nas grandes, nos bens que Deus nos oferece depois da morte. Como podemos ser dignos da confiança de Deus se aqui, na terra, não sabemos ser bons administradores?
O Evangelho, nos apresenta o rico e o pobre Lázaro. O rico por sua vez, recebeu muito em vida. Mas, foi um homem de coração que não soube dar lugar a Deus, mas encheu-se de orgulho, avareza. O interessante é que Lázaro, aparece em seu caminho não apenas como um pedinte, mas como um acontecimento que poderia transformar a vida do rico. Porém, ele agiu com indiferença a esse chamado de mudança de coração. Seu livre arbítrio foi mal conduzido pelas ilusões que se apegava.
O pobre Lázaro foi aquele que tinha esperanças apenas em Deus, de um novo céu e uma nova terra. Logo, sua entrada aos céus. Foi saciado pela confiança que sempre depositou em Deus.
É claro que, poderíamos pensar o inverso, um rico solidário e um pobre rancoroso. A questão que temos aqui, não é a pose em si, mas o uso do que se têm feito dela. Pode ser pobre ou rico, se não tiver amor no coração o destino é o fogo que não se apaga.
Uma outra questão hoje em dia, é o não falar da condenação, ela é real e não podemos cair na visão moderna que nada é pecado ou que tudo é perdoado. Há coisas que não são perdoadas, não pela falta de Deus, mas pela falta de nosso coração que não se converte com sinceridade para o Pai. Jesus, nos fala também, que entre os mortos e os vivos há um abismo intransponível, ou seja, não há comunicação com os mortos. E isso é grave, pois muitos cristãos, que se dizem, caminham com Cristo, morte e ressurreição, mas ficam com a cabeça ligada a idéia de reencarnação e tudo