Leis 10639 e 11645

Reflexões sobre as leis nº10639 e nº11645 e sobre o documentário “Atlântico Negro”

A lei nº11645 de 2008 torna obrigatório o ensino da temática “História e cultura Afro-brasileira e Indígena no currículo oficial das escolas. Mas o que se vê é que muitos professores desconhecem essa lei e trabalham temas como, por exemplo, a cultura indígena somente no dia do Índio. Afinal o que estudamos na escola sobre essas etnias? Nada!!

A contribuição dos negros e dos índios na nossa cultura é extremamente importante mas quase ninguém conhece a história desses grupos étnicos.

O documentário “Atlântico Negro” retrata fielmente a discriminação dos negros desde os primórdios até os dias de hoje. O negro é discriminado pela sua cor, pelos seus costumes, pelas suas crenças e são vistos com olhos de desprezo e desconfiança por muitos...

O que muita gente não se dá conta é que o negro contribuiu e continua contribuindo com a nossa cultura e desenvolvimento populacional e econômico do Brasil. Eles vieram ao nosso país para serem escravos e espalharam-se por todo território deixando “suas marcas”. Trabalhavam em condições subumanas em lavouras de café, de cana-de-açúcar, de algodão entre outras.

Deixaram como herança sua identidade musical, o samba (que embala os carnavais de brancos, mulatos, pardos etc). Influenciaram na dança e nos instrumentos também. Mais umas das heranças dos negros para o nosso povo é a “capoeira” (dança de luta ritualizada e estilizada que é praticada principalmente na cidade de Salvador, na Bahia) o candomblé ( realizado em terreiros), a comida típica que se destaca sobretudo na Bahia ( vatapá, cururu, acarajé, bobó) etc.

Na nossa língua há várias palavras provenientes da língua africana ( tanga, sunga, umbanda, cachimbo, fubá,gogó, mocotó, cuíca, cachaça, entre outras).

Há um ditado que diz “ Diante de ladino, melhor ficar calado”. Ladino era o escravo que fazia a “conexão” senzala/casa grande, era o legítimo “ leva- e- traz “ porque