Legionella

Legionella

Introdução:
A Doença dos Legionários foi nomeada pela primeira vez por Fraser e alguns colegas seus em 1977 na sequência de um surto de pneumonia bastante agressiva que ocorreu em 1976 entre participantes na Convenção da Legião Americana em Philadelphia (Estados Unidos da América), resulta da infeção por bactérias do género Legionella. O género da legionella abrange bactérias com parede celular característica Gram-negativo, aeróbias e nutricionalmente exigentes, apresentam-se sob a forma de pequenos bastonetes. Apresentam flagelos que facilitam o seu movimento, algumas espécies possuem pigmentos fluorescentes e sobrevivem em grandes intervalos de temperatura, multiplicando-se muito rapidamente entre o 20 e os 45 graus, havendo cerca de 70 serogrupos e 50 espécies distintas, porém só 20 dessas mesmas espécies foram reportadas como sendo infetantes para o ser humano. Estas bactérias são parasitas intracelulares facultativas, pois sobrevivem á fagocitose por macrófagos através da inibição da fusão de um fagossoma com um lisossoma e também impedindo a geração de radicais livres.
Características da doença dos legionários:
A doença dos legionários carateriza -se por uma pneumonia com um quadro clínico inespecífico de febre alta, mal-estar geral, letargia(perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, ainda não identificada), astenia(fraqueza orgânica, porém sem perda real da capacidade muscular), mialgia(dores musculares em qualquer parte do corpo) e cefaleia(dor de cabeça).
Os sintomas respiratórios incluem dispneia, tosse seca e dor torácica prominente. Os sintomas gastrintestinais são também prominentes e cerca de metade dos doentes apresenta manifestações do sistema nervoso central durante a primeira semana do início de sintomas. Na ausência de tratamento a doença evolui desfavoravelmente ao longo da primeira semana e pode ser fatal. A taxa de letalidade é bastante elevada (de 10 a 30%), sendo que em