Lavinia

2. Visões do Paraíso
O homem medieval vivia um grande sonho coletivo: ingressar no Paraíso Terrestre e desfrutar de suas delicias. A profunda religiosidade fazia com que o sentido da vida humana fosse compreendido como a busca da salvação da alma.
Apesar de toda a religiosidade que envolvia a sociedade da época, recuperar o intimo contato com Deus tambem tinha motivações materiais. O crescimento econômico verificado a partir do século XI não afastara a ameaça de fome e desnutrição que rondava os camponeses. O desejo ardente de ganhar o Reino dos Céus e interromper os sofrimentos mundanos encaminhou o homem medieval às suas direções

A Reforma Gregoriana Apesar de estabelecido a partir do século IV, o celibato clerical (a proibição do casamento para os padres) era desrespeitado com freqüência. Na pespectiva da Igreja, as fronteiras entre clérigos e leigos precisavam ser bem demarcadas. Em meados do século XI, a igreja implementou um conjunto de medidas que ficou conhecido como Reforma Gregoriana.
Alem das tentativas de estabelecer claramente a distinção entre os papeis de leigos e clérigos, a refrma gregoriana estabeleceu rituais para demarcar os momentos mais importantes da vida humana, que são os 7 sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, ordem, casamento, confição e unção dos enfermos. A superioridade dos poderes eclesiaticos pretendida pela igreja baseava-se numa doutrina chamada agostinismo político e representava um conjunto de leituras sobre as obras de Santo Agostinho. Em 1504, a cristandade experimentava sua primeira grande divisão, com uma igraja sediada em Roma, denominada Igreja Apostolica Romana, e outra sediada em Constantinopla, conhecida como Igreja Ortodoxa.
JErusalem e os mistérios do Oriente
Ao mesmo tempo que realizavam as peregrinações a palestina, os cristãos mantinham-se atraídos pelas iimagens de abundancia e beleza do Paraíso Terrestre propagados pela igreja. No século XII, entre a segunda e a terceira cruzada, começaram a