lavar frango
16/06/201408h30
A prática de lavar frango cru aumenta o risco de intoxicação alimentar, alerta a Food Standards Agency (FSA), agência de segurança alimentar britânica.
O processo de lavagem espalha bactérias Campylobacter nas mãos, roupas e em utensílios e superfícies de cozinha, devido ao espirro de gotas de água.
Na verdade, não há necessidade de lavar o frango, pois a bactéria morre quando ele é bem cozinhado ou assado.
Conhecida como bactéria retorcida, a Campylobacter é a forma mais comum de intoxicação alimentar na Grã-Bretanha, e a maioria dos casos é proveniente de aves contaminadas.
Os sintomas incluem diarreia, dores de estômago, cólicas, febre e mal-estar geral. A maioria das pessoas só fica doente por alguns dias, mas a doença pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como a síndrome do intestino irritável e a síndrome de Guillain-Barre, uma doença grave do sistema nervoso.
A Campylobacter também pode matar - os que correm maior risco são crianças menores de cinco anos ou idosos.
A britânica Ann Edwards disse à BBC que ficou completamente paralisada ao contrair a bactéria 17 anos atrás, quando tinha quase 50 anos, e desde então não trabalha mais.
"Eu primeiro notei que havia algo errado quando eu tive uma diarreia muito grave que durou pouco mais de uma semana. Fui levada ao hospital e a partir daí fiquei totalmente paralisada.
"Meu sistema imunológico teve uma reação exagerada [à bactéria], o que afetou meus nervos", contou.
Edwards se recuperou apenas parcialmente. Ela ainda sofre alguma paralisia nos pés e tem baixa imunidade.
"Eu trabalhava numa empresa de seguros, era muito ativa e em boa forma. Isso ocorreu duas semanas antes de eu fazer 50 anos. Eu não trabalho desde então. Mudou completamente a minha vida", lamenta ela.
Pesquisa
Uma pesquisa online com 4.500 adultos realizada na Grã-Bretanha pela FSA descobriu que 44% dos entrevistados lavam o