Lava rapido
MARIANA SALLOWICZ
ENVIADA ESPECIAL A BANCOC (TAILÂNDIA)
Casas populares e unidades do programa Minha Casa, Minha Vida estão sendo construídas com tecnologia que utiliza aço e espuma "ecológica" nas paredes.
Além do aspecto ambiental, são apontados como vantagens o tempo de fabricação e a facilidade para produzir em grande escala.
O modelo, da empresa catarinense Fischer, em parceria com a indústria química Purcom, foi apresentado em conferência sobre tecnologias de proteção ao clima no centro de convenções da ONU (Organização das Nações Unidas), em Bancoc, em julho.
A espuma de poliuretano, desenvolvida pela Purcom, é usada como recheio de painéis de aço. "O material é feito sem utilização do gás HCFC (hidroclorofluorcarbono), o que garante padrão de sustentabilidade à produção", diz Giuseppe Santanchè, diretor comercial da Purcom.
O gás, também utilizado em aparelhos de ar condicionado e de refrigeração, terá o consumo limitado a partir do próximo ano, até ser abolido pelo Brasil, em 2040.
As casas são feitas em quatro dias, segundo Jonathas Beber, engenheiro de produtos da Fischer. Pelo método tradicional, o prazo para entregar unidades de 39 metros quadrados é de cerca de 120 dias, de acordo com o arquiteto Leonardo Pinheiro Nardella, que faz projetos de imóveis populares.
"O material é vantajoso por ser resistente ao fogo, por dar isolamento acústico e por proporcionar conforto térmico", afirma Santanchè.
Por outro lado, há dificuldades, como pouca flexibilidade para fazer modificações na planta, o que dificulta reformas, dizem especialistas. No que diz respeito ao acabamento, é possível ver os encaixes dos painéis.
MODELOS
A empresa oferece quatro modelos de unidades, que vão de 39,41 m² a 69,5 m². A menor delas está enquadrada no programa Minha Casa, Minha Vida. O projeto foi aprovado pela Caixa Econômica Federal no fim de 2010. O custo varia de R$ 28 mil a R$ 33 mil.
Beber diz que a