A influencia da empresa no golpe de 64
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A INFLUENCIA DA EMPRESA NO GOLPE DE 64 Numa visão global a respeito dos meios de comunicação de massa, a teoria funcionalista e a escola de Frankfurt estudam as funções que tais mídias exercem na sociedade. É uma área de conhecimento que investiga sobre os conflitos que podem ser gerados pelas mídias de massa relativas ao nível de normalidade e necessidade de uma sociedade. O golpe de 64 é prova de como essa teoria funciona. A maior parte da grande imprensa brasileira deu apoio a golpistas, passando por cima das pesquisas de opinião pública que apontavam grande apoio popular às reformas de base que o presidente constitucional tentava levar adiante. Os resultados dessas pesquisas feitas pelo IBOPE, indicando total apoio a Goulart foram omitidos e só revelados recentemente. Os principais jornais, de O Globo, JB e a Tribuna da Imprensa, etc. pregavam o golpe abertamente. O mundo mudou, o país mudou. Algumas instituições, no entanto, continuam presas ao seu passado. Não nos deve surpreender, portanto, que eventualmente transpareçam suas verdadeiras posições e compromissos, expressos em editoriais, notas ou, pior do que isso, disfarçados na cobertura jornalística cotidiana.
Vale o registro histórico do jornal Última Hora, de Samuel Wainer, que sempre esteve ao lado da legalidade democrática e por isso foi perseguido até ser sufocado economicamente, como o Correio da Manhã. Não se pode esquecer o importante papel exercido pela imprensa alternativa em veículos como a Folha da Semana (o primeiro da série de jornais contra a ditadura), O Pasquim, Opinião, Versus, Movimento etc. Tudo isso pertence à história, que por mais que alguns não queiram, está sendo escrita de forma independente com verdades