Latim forense
Latim Forense
Prof. Dr. Miguel Barbosa do Rosário (miguel@cp300.org)
Informações gramaticais
a) O nome latino A manifestação da palavra em latim se dá mediante terminações, que possibilitam interpretar a função sintática que a mesma exerce na frase. Necessário se torna, pois, identificar essas terminações para se proceder à correta compreensão das estruturas latinas. Numa frase como cognatiōnem facit etiam adoptiō (a adoção também gera parentesco), cumpre saber que a palavra latina cognatiōnem desempenha a função sintática de objeto direto e adoptiō, a de sujeito. A prática e a atenta obervação permitirão essa identificação. O nome latino se apresenta com terminações específicas para as funções de sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, predicativo do objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial, adjunto adnominal, complemento nominal. Há, ainda, o vocativo, denominação que perdurou em português. Essas terminações são chamadas casos. Seis são os casos. Nominativo: na F77 anĭmus homĭnis est anĭma scriptī (a intenção do homem é a alma do documento), anĭmus está no nominativo, pois desempenha a função sintática de sujeito; anĭma também está no nominativo, pela mesma razão. N.B. O fato de um mesmo caso ser escrito de maneira diferente se deve a que as palavras pertencem a grupos mórficos diferentes, as chamadas declinações. Com efeito, as palavras se agrupam em cinco declinações, de acordo com as terminações que elas apresentam, conforme se verificará no decorrer da exposição. Genitivo: na F77 anĭmus homĭnis est anĭma scriptī (a intenção do homem é a alma do documento), verifica-se a presença do genitivo em homĭnis e scriptī. Para a tradução do genitivo, quando o mesmo está em relação com outro nome – como é a situação em questão, em que homĭnis está em estreita relação com anĭmus, e scriptī, com anĭma – recorre-se à preposição de em português (lembre-se de que não há artigo em latim). A presença do de em latim está na desinência –ĭs, em