lampreia
As lampreias possuem no topo da cabeça uma narina da forma de um olho o que é um caso único entre os vertebrados atuais (embora se encontre em alguns fósseis).
Os olhos são relativamente grandes não possuem músculos oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Por trás deles, abrem-se sete fendas branquiais. Uma outra característica deste grupo de peixes é a inexistência de verdadeiros arcos branquiais.
A ventosa que forma a boca da lampreia funciona como tal através dum complexo mecanismo que age como uma bomba de sucção.
As lampreias não têm um esqueleto mineralizado, mas encontram-se regiões de cartilagem calcificada no seu endosqueleto. O crânio é composto por placas cartilagíneas, como o das mixinas, mas é mais complexo e inclui uma verdadeira caixa craniana onde está alojado océrebro.
A coluna vertebral é basicamente formada pelo notocórdio e existem pequenos reforços cartilagíneos, os arcualia dorsais.
Habitat
O habitat da lampreia é o rio e encontra-se abrangida ao Continente Europeu. Distribui-se desde as águas costeiras e rios do Norte da Europa, ao longo das costas dos mares do Norte e Báltico, até à Península Ibérica, no sul.
Na Península Ibérica a sua distribuição é extremamente reduzida, sendo considerada extinta em Espanha e incluída na categoria Criticamente em Perigo na última revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, onde até ao momento só foi confirmada a presença de adultos reprodutores na bacia hidrográfica do Rio Tejo.
Ao longo de grande parte da sua área de distribuição esta espécie é encontra com a congénere lampreia do riacho, que tem uma distribuição mais alargada em território nacional.
Ciclo da vida
Na fase larvar a lampreia encontra-se normalmente enterrada em substrato arenoso. São organismos filtradores, alimentando-se essencialmente de microalgas e matéria orgânica particulada. Durante este