Psicologa
B.F. Skinner começou a trabalhar em psicologia depois de graduar-se em Letras e ter tentado, por um ano, seguir a carreira literária. Nesta época, entrou em contato com o behaviorismo de Watson, através de artigos de B. Russell, publicados na revista literária Dial que, por sua vez, o levaram a seu livro Philosophy no qual Watson também é analisado. Passou, então, a ler Watson,
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Pavlov e Loeb, e finalmente decidiu fazer pós-graduação em Psicologia em Harvard, no ano de 1928, já decidido a ser um behaviorista (Skinner, 1976). Skinner diz que resistiu ao mentalismo reinante em Havard graças a dois colegas behavioristas – F. Keller e C. Trueblood. Deve ser salientado desde já que behaviorismo e mentalismo, nesta época, não eram posições excludentes, sendo a rejeição de Skinner ao mentalismo, pelas razões que serão vistas a seguir, justamente o que diferenciou seu behaviorismo do behaviorismo reinante. Isto não costuma ser reconhecido pelos não-estudiosos de Skinner, mas para ele tem uma importância crucial, por constituir o cerne de sua posição em psicologia. Além disso, Skinner também diz que estudou pouca psicologia em Harvard, fazendo pesquisas quase sozinho, sem orientação principalmente no laboratório do Departamento de Biologia cujo chefe, Crozier, ex-aluno de Loeb, tinha preocupações semelhantes à suas quanto ao objeto de estudo (Skinner, 1979).
Lampreia, C. (1992) As propostas anti–mentalistas
Duas
influências
fundamentais
parecem
ter
marcado
o
pensamento de Skinner e guiado o seu trabalho em psicologia nestes anos iniciais, e posteriormente: a de Loeb, quanto ao objeto de estudo e a de Mach, quanto ao método científico. Embora Skinner cite também outros autores como Watson, Pavlov, Sherrington, Thorndike, Poincaré e Bridgman, estas influências parecem ter sido mais periféricas (Skinner, 1979). De que: "O comportamento parece ter sido aceito