Lamarckismo
Lamarck foi quem primeiro sugeriu uma teoria de evolução fundamentada, que explicava o modo de alteração das espécies. Assim, ao contrário dos seus contemporâneos, que se limitavam a defender as idéias evolucionistas, Lamarck desenvolveu um estudo acerca do modo como funciona a evolução. A teoria resultante de tal estudo chama-se Lamarckismo.
Lamarck estabeleceu duas leis para explicar a evolução: A lei do uso e do desuso; a lei da herança dos caracteres adquiridos. Para Lamarck, os seres tinham de se adaptar ao ambiente onde viviam. Assim, a adaptação é mais uma capacidade de se desenvolver de acordo com o ambiente onde vive e de transmitir tal desenvolvimento, do que um acontecimento.
Segundo este autor, a função faz o órgão, isto é, se ocorre uma mudança brusca no ambiente, e o indivíduo passa a utilizar muito um determinado órgão, então esse órgão vai desenvolver-se, tornando-se maior, mais forte ou mais sensível. Caso o indivíduo deixe de utilizar esse órgão, então vai ocorrer a sua atrofia.
É isto que explica e lei do uso e do desuso: se o ambiente faz com que haja a necessidade do desenvolvimento de certo órgão, ou vice-versa, vai ocorrer o desenvolvimento ou atrofia desse órgão. A lei da herança dos caracteres hereditários diz que os órgãos que se adaptaram em determinado indivíduo são transmitidos geneticamente. Assim, todos os indivíduos, desde que necessitem, sofrem alterações que transmitem aos descendentes. Deste modo, a transmissão genética dos caracteres adquiridos leva à evolução da espécie em direção à perfeição, relativamente aos fatores ambientais. Isto equivale a dizer que a finalidade faz o órgão - lei da adaptação.
Esta teoria Lamarckista foi fortemente criticada, por um lado, devido à idéia que transmitia, de que a evolução era o caminho para a perfeição das espécies, tendo assim um objetivo; por outro lado, a teoria não foi comprovada experimentalmente, pois um indivíduo que faça uso dos seus músculos pode não ter como