Lamarck
Autodidata e sem prévio preparo científico, interessou-se, ao atingir a maturidade, pelas Ciências Naturais, destacadamente pela Botânica.
Depois de ter trabalhado durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados (um termo introduzido por ele, pois foi o primeiro cientista a estabelecer a distinção entre os animais vertebrados e invertebrados)
Apresentada pela primeira vez ao público em 1809, em sua “Philosophie Zoologique” – mais tarde conhecida como Lamarckismo, na qual defende que as plantas e os animais evoluem pela necessidade de se adaptar às mudanças do meio ambiente e que transmitem essa mutação às futuras gerações.
Estudou o sistema de classificação de Linné e, graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo, e desenvolveu a sua teoria da evolução.
Baseou sua teoria em duas afirmações:
Uso e desuso – afirma que a variação das espécies é decorrente de uma atrofia ou hipertrofia de seus órgãos, isto é, os indivíduos perdem as características de que não precisam e desenvolvem as que utilizam.
— Veracidade comprovada, posteriormente. Hoje, sabemos que os atletas desenvolvem seus músculos através do uso, enquanto que a paralisação das pernas, por exemplo, determina atrofia. Ele teve méritos em destacar o transformismo.
Herança das características adquiridas – exemplos: as crias das girafas herdam o pescoço comprido dos pais que supostamente o desenvolvem quando comem folhas das árvores mais altas; os músculos do braço de um ferreiro são herdados pelos filhos que têm uma característica semelhante.
— Ele estava equivocado na interpretação da transmissão de dados adquiridos por falta de metodologia adequada na época. Hoje, sabemos que as características adquiridas não podem ser transmitidas hereditariamente aos