Amar verbo intransitivo
-Biografia do Autor
Mário de Andrade, nascido em 9 de outubro de 1893, era de família rica e aristocrática. Aos seus 10 anos escreveu o seu primeiro poema-canção. Dois anos depois ingressa no Ginásio Nossa Senhora do Carmo e 1909 se forma bacharel em Ciências e Letras. Um ano depois cursou Filosofia e Letras, em 1915 concluiu o curso de canto e se dedicou a carreira de professor de música. Concluiu o Serviço Militar em 1916, diplomando-se no ano seguinte, em piano. Também atuou na política e foi crítico de arte.
Em 1917, após a morte de seu pai, publicou seu primeiro livro entitulado "Há uma gota de sangue em cada poema".
Participa de diversos eventos ligados à arte, onde conhece Oswald de Andrade e é apresentado por ele como poeta modernista. Em 1922, participa da Semana de Arte Moderna. Torna-se poeta crítico literário. No mesmo ano é publicada uma de suas principais obras: "Paulicéia desvairada",em 1927 é lançado o seu primeiro romance "Amar, verbo intransitivo" e em 1928 publica sua obra prima "Macunaíma".
Quando vivo não era reconhecido devido à sua postura crítica diante do regime da ditadura. Em 1945 morre vítima de enfarte em sua casa, coberto de reconhecimento do papel que desempenhou durante três decadas. Atualmente suas obras são modelos do movimento modernista brasileiro.
-Introdução
O livro, publicado em 1927, conta a história de uma família participante da burguesia paulista. Apresenta uma lição de amar com a iniciação amorosa do adolescente Carlos. Estimulada pelo seu pai, Sousa Costa, com o objetivo de ensinar o filho a ser cauteloso com as desventuras que a vida amorosa pode oferecer.
O romance, considerado modernista, chama a atenção por suas contradições. Apresenta, no próprio título a contradição do verbo "amar" que pelo autor é retratado como intransitivo, quando na realidade é transitivo direto. Outro aspecto que merece destaque é o Idílio, que representa o amor sincero e recíproco, diferente do que ocorre no