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Capítulo 10 – O sacrifício da natureza - Adaptação
Analisando-se a civilização atual, constata-se que o núcleo da crise é econômico. A crise se acha dominada pelo “mercado ilimitado” - (o conceito de mercado ilimitado sugere que os desejos e as necessidades humanas são ilimitados e insaciáveis, o que desemboca na escassez de recursos, tendo em vista que na realidade os recursos materiais são limitados e que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens) – revelando-se pela estagnação dos países centrais e pela orientação monetarista, imposta aos países periféricos segundo padrões novecentistas – (referente ao século XX, no caso, preso ao século passado) – alheios à perversidade de seus efeitos.
Na economia global, o interesse na produção de bens ultrapassa o mercado financeiro, consagrando-se o empobrecimento da maioria e a fragilização das instituições políticas.
Mas é no meio ambiente que os resultados dessa concepção econômica se mostram mais avassaladores, embora o desastre ambiental tenha iniciado muito antes da chegada do neoliberalismo. São anteriores ao neoliberalismo, por exemplo, os extensos danos ambientais ocorridos na Polônia e na ex-Tchecoslováquia ao tempo da União Soviética, e estes se deram devido ao intuito de concorrer com o modelo de produtividade capitalista, procurando superá-lo. Entretanto, com o neoliberalismo, as agressões nada fizeram se não crescer.
Hoje, os danos ecológicos se multiplicam. Diminui a camada de ozônio, a seca cruel alterna-se com devastadoras chuvas em vários pontos do globo, enquanto a temperatura da terra eleva-se de modo inquestionável. – A elevação da temperatura em mais cinco graus em uma série de países asiáticos, do Kazaquistão a Arábia Saudita, vai fazer com que aumente o calor, já tórrido nesta região das mais secas do mundo, dificultando a produção de alimentos. Os países mais pobres, entre eles Afeganistão, Etiópia, Serra Leoa e Tanzânia,