lagoas
A lagoa da Onça originou-se pelo Rio da Onça. Este rio descia a serra e encontrava uma grande depressão, que estava entre um terreno montanhoso também chamado de zona Cristalina e o tabuleiro (formação barreiras), nessa depressão formou-se a lagoa da Onça. Na extremidade inferior desta lagoa a água escoa pelo rio Muriaé.
Toda essa ligação de lagoa e rio auxilia na redução de impactos causado por enchentes, pois ao ter uma cheia no rio essa agua excedente escoava para esses reservatórios evitando alagamentos em localidades próximas. Além disso, a ligação entre a Lagoa da Onça e Rio Muriaé serviu de caminho para os barcos a vapor que rebocavam pranchas rumo à parte superior do rio (Porto da Madeira). Essas pranchas eram levadas para as cidades de Campos dos Goytacazes e São João da Barra a fim de serem vendidas.
No século XX, o Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) fez um desvio do Rio da Onça diretamente para o Rio Muriaé, impedindo a alimentação da Lagoa e também criando um canal cuja denominação deu-se Canal da Onça. Este canal rompeu o corpo central da lagoa sendo separado por um dique. Dessa forma houve um grande desequilíbrio no ecossistema, pois esta alteração no curso natural do rio implicou na seca da lagoa da Onça transformando esta área em canavial de usinas. Sempre que chovia as usinas drenavam quaisquer águas jogando tudo para fora.
Como as usinas faliram, as águas do rio Muriaé ocupou novamente as depressões. Na enchente de janeiro de 2012, as águas subiram o canal da Onça rompendo então o dique, alastrando-se assim pelo espaço livre que ali existia.
Figura 1 - A lagoa originalmente e a lagoa atualmente
Lagoa do Lameiro
Também conhecida como Brejo do Lameiro, sofreu um processo semelhante ao da Lagoa da Onça, teve seu ecossistema natural modificado pelo DNOS que drenou a Lagoa do Lameiro para o rio Muriaé. Naquela região existe uma usina chamada sapucaia que estava desativada há três safras e recentemente foi