La bella
O algodão mocó do Seridó
Em 1880, começou o plantio regular do algodão mocó, porém a partir de 1897 é que se generalizou o plantio dessa variedade na zona seridoense.
Existem opiniões divergentes acerca da origem do algodão mocó no sertão do Rio Grande do Norte. Alguns afirmam que o algodão é nativo da região, iniciando-se nos serrotes da Serra da Formiga em Caicó. Outros defendem a tese que veio do Egito para a Paraíba e daí para o nosso Estado. Existe ainda uma terceira versão de que surgiu por um processo de hibridação com o algodoeiro nativo.
Existem dois tipos de algodoeiro: o arbóreo e o herbáceo. O herbáceo de menor porte e vida lenta; o arbóreo de porte maior produz economicamente durante cinco ou seis anos, podendo viver até os vinte anos. O algodão mocó arbóreo prefere temperaturas mais altas e baixas umidades.
Mesmo com o clima semi-árido do Sertão, o algodoeiro mocó se adaptou favoravelmente no semi-árido. Sobrevive nos períodos de seca, devido ao comprimento de suas raízes que adentram profundamente no solo. Dizem que o gado levou o homem para o Seridó, mas foi o algodão que o fixou na região.
No Seridó o rendimento por hectare é quase 25% maior que no Egito, onde para produção do algodão de fibra longa é necessário irrigação e sua produção se limita a apenas um ano.
O Rio Grande do Norte ocupa o primeiro lugar em qualidade de algodão produzido. A qualidade do algodão do Seridó equipara-se aos melhores do mundo, contribuindo por mais de 100 anos como principal atividade econômica da região.
O clima seco, semi-árido, e as abundantes reservas de salitre foram fatores que proporcionaram ao algodão os elementos necessários para as grandes produtividades.
O algodão do Seridó conquistou cotações muito altas nos mercados consumidores.
As suas raízes aprofundam-se pela terra, chegando a atingir, não raro, mais de 7 metros, em busca da umidade armazenada no solo. Por essa razão, vence as secas prolongadas e mesmo durante elas continua