Khmer Vermelho
Utopia é a ideia de civilização ideal, imaginária. É um sistema que parece irrealizável. Este termo é utilizado para denominar construções de sociedades perfeitas de acordo com os princípios filosóficos de seus idealizadores; termo usado pela primeira vez no livro “Utopia” de Thomas Morus (1480-1535) escritor inglês, onde um governo, organizado da melhor forma possível, fornece a sua população ótimas condições de vida junto a uma sociedade equilibrada e feliz.
Ao longo da história diversos pensadores, filósofos e partidos políticos tomavam ideias de utopias e tentavam coloca-las em prática. Um grande exemplo disso é o Estado do Camboja, que em 1975 teve o poder tomado pelo Khmer Vermelho, nome dado aos seguidores do Partido Comunista da Kampuchea, liderado por Pol Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sem e Khieu Samphan. O regime liderado pelo Khmer Vermelho ficou conhecido como Kampuchea Democrático, que apesar do nome, não tinha a democracia como uma realidade, mas sim um terrível regime marxista-leninista ortodoxo.
A criação deste partido está ligado ao Partido Comunista Indochinês, da qual a maior parte de seus membros eram vietnamitas. Por muitos anos o povo cambojano não possuía “força” suficiente para criarem seu próprio partido, o que concentrava todo poder nas mãos da administração francesa ou do monarca local. É na década de 60 que o partido começa a ganhar importância, surgindo a figura de Saloth Sar (que somente mais tarde ficou conhecido como Pol Pot). Em 1968 os comunistas iniciam os ataques com o objetivo de dominar o país e gradualmente vão ganhando espaço. O rei Sihanouk é deposto por um golpe de estado pelo general Lon Nol, este que se mostra extremamente impopular. Estes acontecimentos, combinados ao apoio de Sihanouk, que ainda possuía muito prestigio, e aos constantes bombardeios americanos com o objetivo de conter o movimento de esquerda, que de