Keynesianismo anos de ouro
1)Fundamentos sócio-histórico dos “anos de ouro”
Introdução
Desde a consolidação do capitalismo como modo de produção europeu e mundial sua base teórica era o liberalismo. Tal base sustentava que a iniciativa individual não deveria sofrer intervenção do Estado, pois, a regulação se daria por intermédio do mercado, pela lei da oferta e da procura. Contudo tal previsão parecia não se confirmar e desde o final do séc. XIX, o capital não conseguia se estabilizar e a intermediação do mercado não era um mecanismo confiável, pois,não se mostrava capaz de controlar a anarquia da produção capitalista.Nem mesmo a primeira grande guerra, que foi um movimento de divisão de mercados entre as grandes potencias mundiais,conseguiu mudar os fundamentos do capitalismo liberal que se aprofundou no período entre guerras e teve no final dos anos de 1920 a demonstração cabal de que a produção burguesa tinha limites intransponíveis, o capital, ávido por lucros cada vez maiores, era incontrolável e uma vez ameaçado o ciclo de sua reprodução, a crise era inevitável e uma grande produção,sem um mercado consumidor, não haveria possibilidades de lucros, a economia se contraia e o desemprego imperava sobre a classe dos despossuídos, os impelindo para a miséria e a revolta. Ficava claro para os economistas daquele período que alguma coisa não estava correta na avaliação anterior de auto-regularão do mercado e que o Estado deveria intervir para garantir a reprodução do capital prevenindo possíveis crises cíclicas que pudessem acontecer.
Desse modo, o economista John Maynard Keynes preocupado com as crises cíclicas, e a Grande Depressão geradas pelo princípio do Liberalismo da não intervenção do Estado na economia e que ela auto se regula, e isso levou esse economista que é absolutamente sintonizado com seu tempo, buscar saída capitalista para crise do próprio capitalismo. Porquanto, Segundo Keynes, cabe ao